Cortar depois de parar de pulsar ou não? A prática mais comum hoje em dia é cortar o cordão assim que o bebê nasce. Alguns médicos esperam o cordão parar de pulsar, outros até deixam o pai cortar o cordão - se assim for a vontade do casal.
Mas quais os verdadeiros benefícios de deixar o cordão parar de pulsar antes que seja cortado?
Segundo a pediatra Ana Paula Caldas Machado existem duas correntes de pensamento sobre esse procedimento: uma delas defende o clampeamento imediato alegando que o bebê ficando muito tempo preso ao cordão e mais baixo que a mãe receberia uma "transfusão" de sangue e isso aumentaria o risco de policitemia (o sangue fica muito concentrado, causando problemas ao bebê).
A outra corrente diz que é melhor esperar o cordão parar de pulsar, pois enquanto pulsa o bebê ainda recebe sangue oxigenado da placenta e assim ele tem mais tempo para se adaptar à respiração com seus próprios pulmões.
Ana Paula ainda diz que o que faz o bebê chorar é justamente a transição de um ambiente para outro, e não está relacionado com o clampeamento do cordão umbilical, que demora alguns minutos para parar de pulsar.
Há algumas exceções, quando o cordão deve ser cortado imediatamente, como caso de HIV e provavelmente incompatibilidade entre o tipo sanguíneo da mãe e do bebê (mãe sendo Rh negativo). Quem explica é a obstetra Roxana Knobel.
Quando há alguma complicação no parto, também é recomendável que o clampeamento seja feito rapidamente. "Quando o bebê não está legal, o cordão deve ser imediatamente cortado, para que o pediatra possa dar assistência. Realmente não dá para fazer nenhuma manobra ou procedimento mais invasivo com o cordão ainda ligado à placenta", afirma Roxana.
Para quem estiver mais interessado em clampeamento de cordão umbilical, confira o livro Assistência ao parto, aborto e puerpério, do Ministério da Saúde. E o site, em inglês, The Dangers of Early Clamping of the Umbilical Cord.
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