Seminário Internacional sobre Segurança e Qualidade na Assistência ao Parto
Data: Quarta-feira, 09 de novembro de 2011
Horário: 14h às 17h
Local: Auditório João Yunes, Faculdade de Saúde Pública da USP
Endereço: Av. Dr. Arnaldo, 715 - São Paulo – SP (Metrô Clínicas)
Público alvo: Gestores, profissionais de saúde, pesquisadores, estudantes, usuários da saúde, movimentos de mulheres
Inscrições gratuitas e informações: svalunos@fsp.usp.br
Como tornar a assistência ao parto mais segura e promover uma melhor vivência para as mulheres e famílias? Experiências no Brasil e no Reino Unido
... O Brasil não tem conseguido reduzir a morbimortalidade materna, e enfrenta um aumento de nascimentos de bebês prematuros e de baixo peso. São problemas de vigilância, avaliação e planejamento das ações em saúde, todas permeadas por dimensões culturais.
As Metas do Milênio propostas pela ONU, além de provocarem algumas transformações concretas, servem também como um tipo de diagnóstico da situação atual. Tudo isso configura então a expectativa de que a Meta do Milênio número 5 (redução de três quartos da mortalidade materna entre 1990 e 2015) não será alcançada. (Fonte: The Lancet, Saúde dos Brasileiros, 2011).
O Brasil através do SUS tem conseguido uma grande vitória que é a universalização do cuidado à saúde. É hora de dar atenção à qualidade e à segurança do cuidado. Intervenções benéficas e seguras, como grupos educativos no pré-natal, presença de acompanhantes no parto, garantia da privacidade das pacientes, e recursos não farmacológicos de alívio da dor, não tem sido oferecidos à grande maioria das mulheres, nem quando previstos em lei. Pesquisas brasileiras mostram taxas de depressão e stress pós-traumático pós-parto mais alto que em outros países.
A assistência no Brasil se caracteriza por um uso excessivo de intervenções como cesáreas, episiotomias, fórceps, e aceleração do parto com drogas, e tais intervenções podem levar a consequências adversas à saúde de mães e bebês. Estas podem ser de curto prazo (período perinatal), e algumas delas podem ter consequências para o resto da vida.
Estes aspectos do cuidado e suas consequências são problemas de segurança e de qualidade da assistência, e devem fazer parte dos sistemas de informação em saúde.
A Faculdade de Saúde Pública da USP quer enriquecer este debate e, para isso, convida a comunidade para o encontro da Profa. Jane Sandall, do Reino Unido, com três especialistas brasileiras: Dra. Sonia Lansky, de Belo Horizonte, MG; Dra. Maria Esther Vilela, de Brasília-DF; e Dra. Simone Grilo Diniz, líder deste grupo de pesquisa. (Confira mini-cvs abaixo).
Como mudar este quadro? Venha discutir conosco!
Convidadas:
Jane Sandall é socióloga e parteira (midwife), coordenadora do Centro de Pesquisa sobre Inovação na Segurança dos Pacientes e na Qualidade da Assistência, do Sistema Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, sediado no King's College London, onde é professora na Divisão de Saúde da Mulher.
Sonia Lansky é médica pediatra, coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, MG. A experiência de "BH pelo parto normal" é destaque internacional, tendo sido premiada pela OPAS/OMS Brasil, em 2011, no concurso Boas Práticas em Iniciativa de Maternidade Segura.
Maria Esther Vilela é médica obstetra, coordenadora da Área Técnica da Saúde da Mulher no Ministério da Saúde, Brasília, DF. Está à frente da implementação da Rede Cegonha, projeto de governo que prevê, entre outros, a efetivação da "linha do cuidado às gestantes", em âmbito municipal.
Simone Diniz é médica, doutora em Medicina Preventiva, livre-docente do departamento de Saúde Materno-infantil da FSP/USP. Líder do grupo de pesquisa do CNPq GEMAS (Gênero, Evidências, Maternidade e Saúde), e coordenadora da Pesquisa Nascer no Brasil na região Sudeste.
Realização:
GEMAS (Gênero, Maternidade, Saúde)
gemas.usp@gmail.com
Apoio:
Departamento de Saúde Materno-Infantil da FSP/USP
Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx/FSP/USP)
Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP
OMS/OPAS Brasil – Unidade Técnica Saúde da Mulher, do Homem, Gênero e Diversidade Cultural
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – Áreas Técnicas de Saúde da Mulher e da Criança
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