quarta-feira, 4 de julho de 2012

A Recepção do Recém-Nascido



" - Nasceu! Ouvi o chorinho, fiquei super emocionada. Levaram para os primeiros cuidados e um tempo depois me trouxeram ela, enrolada em uma espécie de charutinho."

É assim o relato da grande maioria das mulheres que tiveram seus filhos em hospitais, no sistema tradicional (e péssimo) de assistência. Seja no parto normal ou na cirurgia cesareana, os bebês nascem, às vezes são mostrados rapidamente para as mães, e são levados para os tais "primeiros cuidados" antes de voltarem, enrolados em panos, para suas mães. E depois dessa rápida apresentação mãe e bebê são novamente separados, eles vão para o  berçário ficar em "observação" enquanto a família observa e tira fotos através do vidro.
Essa rotina é encarada pela grande maioria das pessoas como algo "normal". Muitas nem se dão conta do choque que é para um bebê que acaba de sair de dentro do útero ser separado da sua mãe e passar por milhões de procedimentos. Aliás, a grande maioria das mulheres nem sabe que esses procedimentos existem! (quando a minha filha nasceu, eu não fazia ideia de nada disso). Além disso, a família não é informada de nada do que é feito com o RN e da necessidade dos procedimentos. Como aquilo tudo é feito em todos os nascimentos as pessoas acabam achando que é "necessário", visto até mesmo como um "cuidado". Algumas mulheres passam a vida sem ao menos saber que enquanto ela aguardava o  bebê ser "limpo e aquecido" ele passava na verdade por vários procedimentos.
Não é raro escutar uma mulher dizer "meu filho ficou o tempo inteiro comigo, não fomos separados!" e aí você pergunta "ué, nasceu e foi para o seu colo?não entregaram ao pediatra?não foi para o berçário?" e a pessoa responde "ah, sim...mas depois desses primeiros cuidados ficamos o tempo todo juntos".
Afinal, que " cuidados"  são esses? o que é feito com o RN logo após o nascimento?Esses procedimentos são mesmo necessários?

A verdade é que a grande maioria dos recém-nascidos necessita de pouco mais que vias aéreas livres e calor adequado para suportar os primeiros minutos de adaptação à vida extra-uterina. O sucesso da evolução humana e a taxa de sobrevivência excepcionalmente alta dos bebês humanos comprovam isso. Portanto, exceto se houver problemas específicos que exijam alguma atenção imediata, os bebês ao nascer devem ser colocados junto à mãe.

Apesar das evidências demonstrarem a "não-necessidade" dessas intervenções, a maioria dos pediatras seguem o protocolo dos hospitais. Protocolos ultrapassados, que realizam intervenções de rotina nos recém-nascidos (assim como nas gestantes) e os tratam todos iguais, independente de necessitarem ou não de cuidados e sem respeitar nem um pouquinho as individualidades do momento único do nascimento e a transição do bebê do ambiente intra-uterino para o extra-uterino.

Por isso, é preciso se informar a respeito de tudo, buscando informações baseadas em evidências científicas, atualizadas...para poder negociar com o pediatra ANTES DO PARTO, o que ela deseja e o que não deseja de intervenções em seu bebê. É importante marcar uma consulta com o pediatra que irá acompanhar o parto para resolver todas essas questões. Eu, por exemplo, não fazia ideia de que essas intervenções existiam, quando vi as fotos da minha bebê passando por tanta coisa eu perguntei "porque fizeram isso com ela?ela tava mal?" e o pai dela (que foi quem acompanhou tudo e tirou fotos) me respondeu "não, o pediatra disse que tinha que fazer isso sempre, é rotina...para ajudar a respirar, limpar, sei la!". Eu não conheci o pediatra com antecedência, eu não sabia nem o nome dele. Então, fica a minha dica. Conheçam as intervenções, conheçam o pediatra, marquem consulta, perguntem, troque de pediatra caso seja necessário. Isso é um direito. O parto é seu, o bebê é seu!

Então, para começar...é preciso conhecer as intervenções, né? Vamos a elas. Vou explicar um pouco sobre cada uma (lembrando: são todas feitas como ROTINA, ou seja, o bebê precisando ou não..vai passar por isso) e sobre as indicações reais para o uso de cada uma.


NASCEU...

Geralmente, o cordão umbilical é cortado no primeiro minuto após o nascimento. Alguns obstetras o cortam imediatamente após o corpo do bebê sair pelo canal do parto, com menos de 10 segundos de vida. o 1. Corte imediato (ou precoce) do cordão umbilical é o primeiro procedimento desnecessário e prejudicial pelo qual os bebês passam rotineiramente nos hospitais. Os obstetras que o fazem alegam que o contato com o sangue da mãe pode levar ao desenvolvimento da icterícia (doença que causa um tom amarelado na pele do recém-nascido). Porém, as pesquisas recentes demonstraram que a pausa para efetuar o corte do cordão não eleva nenhum risco de saúde para mãe ou o bebê,ao contrário, trás somente benefícios. A icterícia costuma desparecer naturalmente e também é comum casos de icterícia mesmo em bebês que nasceram por cesárea (o cordão é cortado imediatamente) e naqueles que tiveram o cordão clampeado no primeiro minuto de vida.
Os estudos compararam o efeito do clampeamento do cordão umbilical precocemente (como é feito de rotina) versus o tardio (somente após o cordão parar de pulsar) em termos de efeito neonatais relacionados sobretudo aos estoques de ferro e anemia 4 meses após o nascimento. Os estudos demonstraram que o clampeamento tardio do cordão umbilical resulta em maiores estoques de ferro nas crianças de 4 meses de idade e menor prevalência de anemia neonatal. A carência de ferro pode acarretar, além de fraqueza muscular e batimentos cardíacos acelerados, problemas significativos no desenvolvimento neurológico da criança, podendo causar inclusive danos permanentes. A simples realização da ligadura tardia do cordão no momento do parto (ou na cesareana) pode beneficiar milhares de crianças, inclusive o SEU BEBÊ.
É importante lembrar que todo o sangue do cordão umbilical é do bebê, não circula sangue materno no cordão umbilical. Quando o cordão é cortado precocemente (quando ainda está pulsando, ou seja, ainda está transferindo sangue para o bebê) o bebê é privado de até 40% do SEU PRÓPRIO SANGUE. Se o cordão permanece ali, intacto, ligado ao bebê e a placenta...ele vai continuar a transferir todo o sangue do bebê para ele e vai aos poucos parando de pulsar, quando o bebê tiver recebido 100% do seu sangue, o cordão fica "murcho", para de pulsar, e pode ser cortado sem trazer nenhum dano ao bebê.
Além disso, o bebê capta oxigênio utilizando os pulmões pela primeira vez no momento que nasce e inspira o ar (até então todo o oxigênio vinha através do cordão umbilical). Não cortar o cordão precocemente permite que o bebê continue a receber oxigênio do cordão umbilical, dessa forma ele tem a chance de aprender  a respirar aos poucos, sem um corte abrupto.

Bom, mas vamos voltar para a "realidade obstétrica" do nosso país...e continuar a falar sobre o que fazem com os bebês. Após ter o cordão cortado imediatamente, o bebê é levado para uma mesa onde todos os outros procedimentos de rotina serão realizados. Algumas equipes mostram "rapidamente" (tipo, 3 segundos) o bebê para a mãe antes disso. (no meu caso, a minha bebê foi imediatamente levada, eu não a vi).

2. Aspiração das vias aéreas

O procedimento de aspiração rotineira para remover secreções das vias orais e nasais do RN tem uma utilidade um tanto duvidosa. Segundo os pediatras que o fazem os possíveis benefícios são a melhora da troca gasosa e redução da possibilidade de aspirar secreções. O que eles não contam é que os potenciais riscos da pratica incluem arritmias cardíacas, laringoespasmo (oclusão da glote devido a contraçäo dos músculos da laringe), e vasoespasmo da artéria pulmonar. A grande maioria dos bebês nascem bem e não precisam ser aspirados. Eles são perfeitamente capazes de limpar suas próprias vias áereas (tossindo, espirrando). Além disso, os bebês que nascem por parto vaginal, ao passar pelo canal de parto, os pulmões do bebê são massageados, provocando a expulsão natural dos líquidos. A aspiração, tanto a orotraqueal  (pela boca) quanto a nasotraqueal (pelo nariz) causam  muito desconforto para o bebê, basta que você imagine um cateter (sonda) sendo enfiado no seu nariz e indo até a sua traqueia, "aspirando" tudo que tiver lá e depois sendo puxado para fora novamente. Agora, imagine passar por esse procedimento no seu primeiro minuto de vida, após sair de um ambiente quentinho, escuro, protegido. Sem dúvida não é uma boa maneira de se chegar ao mundo né?


Aspiração das nasotraqueal

Aspiração das vias orais

E se o procedimento for necessário? Nesses casos devem-se utilizar pêras de aspiração ao invés de cateteres, dessa forma é menos provável que aconteçam arritmias.

3. Aspiração Gástrica

A prática de aspiração gástrica rotineira foi introduzida após uma sugestão não-testada, de que a angústia respiratória de lactentes de mães diabéticas frequentemente era causada por regurgitação e, sendo assim, a aspiração desse vômito poderia ser evitada por aspiração gástrica. A introdução do tubo no bebê recém-nascido pode causar bradicardia, laringoespasmo e pertubação do comportamento alimentar. Não existe nenhuma justificativa para a realização da aspiração gástrica rotineira. Porém, o procedimento continua a ser realizado todos os dias em diversos hospitais publicos e privados do país. Uma pesquisa baseou-se em prontuários de 277 recém-nascidos que nasceram de gestações de baixo risco e foram considerados vigorosos (ou seja, nasceram muito bem, obrigada!) no ano de 2006 em dois diferentes hospitais do país. Constatou-se que a aspiração gástrica foi feita em 94% e 86% dos bebês, respectivamente, enquanto a aspiração de vias aéreas ocorreu em 96% e 91% dos recém-nascidos. Portanto, mães e pais, não fiquem aí pensando que é "exagero, não devem fazer isso em todos!!"



4. Credé - Aplicação do Colírio de Nitrato de Prata

Esse procedimento consiste em pingar uma gota de colírio de nitrato de prata em cada olho do recém-nascido de forma rotineira. Esse procedimento foi introduzido em 1881, para o controle da oftalmia gonocócica do recém-nascido (uma espécie de conjuntivite bastante grave, que é contraída no momento do nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas com a bactéria), que era comum naquela época. O procedimento então passou a ser utilizado em todos os hospitais e continua sendo assim até hoje. A questão é que, bebês que nascem por cesareana, por exemplo, não passaram pelo canal vaginal, portanto, não tem chances de adquirir a doença. Alguém por favor me explica, POR QUE ELES TAMBÉM RECEBEM O COLÍRIO ROTINEIRAMENTE? (minha filha recebeu..e nasceu por cirurgia cesareana!!) E tem mais, o colírio de nitrato de prata resulta em um alto índice de conjuntivite química e é ineficaz contra a Chlamydia (que em muitas regiões é a causa mais comum de oftamia neonatal atualmente). Além disso, medicamentos tópicos aplicados aos olhos dos recém-nascidos podem reduzir a abertura ocular e inibir respostas visuais. Isso pode atrapalhar a interação visual entre a mãe e o bebê durante a primeira hora de vida. Infelizmente, o colírio de nitrato de prata (Credé) é recomendado (ainda) pelo Ministério da Saúde, e alguns estados têm legislação específica para o seu uso, mas ninguém pode ser OBRIGADO a deixar seu RN ser submetido a esse método ultrapassado que não previne a oftalmia por clamídia e ainda promove conjuntivite química. É absurdo. O que se pode fazer é solicitar ao obstetra (no caso de não ser um obstetra humanizado) que faça a cultura andovaginal para gonorréia durante o pré-natal. Com o resultado negativo em mãos, é possível argumentar com o pediatra durante a consulta pré-natal e exigir que seu bebê NÃO receba o colírio. Se o uso for necessário, o colírio de nitrato de prata pode ser substituído pela eritromicina, que previne tanto a oftalmia gonocócica quanto a por clamídia, ou seja, é mais eficaz.  Além disso, mesmo que seja necessário o uso do colírio ele pode ser aplicado 1h após o nascimento do bebê. A primeira hora de vida do bebê não deve ser perturbada, mãe e bebê devem ser deixados em paz. 

5. Vitamina K

A administração de vitamina K nos recém-nascidos é uma forma de profilaxia contra a doença hemorrágica do recém-nascido.Na década de 50 (antes da vitamina K começar a ser utilizada de forma profilática) aproximadamente 4 a cada 1.000 nascidos apresentavam a doença. Até o presente momento, preconiza-se a administração de vitamina K em todas as crianças, pois as conseqüências desta hemorragia podem ser graves, justificando uma ação preventiva eficaz. A administração de Vitamina K é realizada nos hospitais através de uma injeção intramuscular na coxa do RN. Apesar de eficaz, esse procedimento é invasivo e muito doloroso. Podem-se obter índices semelhantes de proteção contra a doença administrando a vitamina K via oral, em doses repetidas (no dia do nascimento, e após 1 ou 2 semanas de vida). Deve ser ressaltado que os recém-nascidos com maior risco para doença hemorrágica, a saber, prematuros com baixo peso ao nascimento, com complicações perinatais, filhos de mães que usaram anti-convulsionantes, anticoagulantes e tuberculostáticos na gestação, devem receber a profilaxia na forma intramuscular. Ou seja, lactentes de alto risco devem receber a vitamina K intramuscular. E lactentes de baixo risco (bebês a termo, saudáveis, sem nenhuma complicação) podem receber a vitamina K via oral. O uso dessa forma de profilaxia exige que os pais se responsabilizem pela conclusão do tratamento, administrando as outras doses via oral em casa, no tempo estabelecido. Leia, pergunte, pesquise e converse com o pediatra. Sim, você tem opção!

6. Separação Mãe-Bebê. Tempo de "observação" no berçário (incubadora).

Na maioria dos hospitais em nosso país, os bebês depois de passarem por todos os procedimentos de rotina já listados acima, são apresentados a mãe (é nessa hora que geralmente os pais tiram as fotos em família) e já vão para o berçário, onde são pesados, medidos, muitas vezes já dão até banho...e depois ficam em "observação" (mesmo nascendo perfeitamente saudáveis) por X horas estipuladas no protocolo de cada hospital (já vi hospitais que deixam 2 horas, 3 horas, até 12 horas!). O bebê é deixado em berço aquecido ou incubadora, sozinho, em um "mundo estranho"...apenas por rotina. A minha filha ficou 3 horas no berçário...enquanto isso, eu pedia para que meus parentes fossem até o berçário e tirassem fotos dela através do vidro, e trouxessem para eu ver, para eu saber como ela era, como ela estava, onde ela estava. E o pior dessa separação, é que muitos hospitais introduzem as fórmulas enquanto os bebês estão no berçário, prejudicando o aleitamento materno e a saúde do bebê (foi o caso da minha filha, tomou NAN ainda no hospital). O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde enfatizam cada vez mais a importância do contato pele a pele assim que o bebê nasce, e a amamentação imediata, além do alojamento conjunto durante todo o tempo. Não há nenhuma necessidade em levar o bebê para o  berçário e deixa-lo horas lá. Aliás, há sim... a necessidade do hospital faturar um pouquinho mais...pelo uso dos equipamentos por X horas.

Período de "observação" no berçário

Bom, é isso. Essas são as intervenções de rotina praticadas em todas as maternidades do país. Existem ainda algumas outras como "banho de luz", exame de sangue, etc...que alguns hospitais fazem rotineiramente, mas não são todos. 

E depois disso tuuuuuuuuuuuuuudo....você finalmente, recebe o bebê limpinho, cheiroso, de fraldinha e roupinha, dormindo...em um bercinho que é colocado ao lado da sua cama, no quarto do hospital.

RN enfim no quarto, após todos os procedimentos. 4hs após o nascimento.


É assim que você quer que seu  bebê seja recebido? É assim que você quer que ele conheça o mundo, depois de tanto tempo de gestação, de proteção dentro do útero? De sonhos e desejos para oferecer sempre o melhor a ele/ela?

Informem-se mulheres, mães, pais!
Corram atrás, o  bebê é de vocês, é direito de vocês saber tudo que será feito, porque será feito, e recusar qualquer procedimento que você não concorda! Eu fico muito triste em saber que a minha filha passou por todas essas intervenções desnecessariamente. Exceto a foto da aspiração gástrica, todas as outras desse post são da minha filha, quando nasceu.
Eu não tinha conhecimento, eu não tinha essas informações. Eu nem ao menos sabia que ela tinha passado por tudo isso...quando esperava para conhece-la, o que me disseram foi "levaram para limpar e todas as outras coisas e já lhe trazem". Eu só vi os absurdos quando peguei a máquina fotográfica, horas após o nascimento....e vi as imagens. Mesmo assim eu não sabia o que era aquilo tudo e porque tinha sido feito. Hoje eu sei. Agora tenho informação.E eu não permitirei de forma alguma que isso aconteça ao meu próximo filho/a.

Passo a informação a diante, para que você também não permita!



Referências:

1. Berger, H., Clinical examination of the newborn infant
2. Tyson, J., Silverman, W. and Reisch, J., Immediate care of the newborn infant.
3. von Kries, R. (1998) Neonatal vitamin K prophylaxis: the Gordian knot still awais untying, BMJ, 316, 161-2.
4. von Kries, R. (1993). Neonatal vitamin K prophylaxis. Report on Scientific and Standardization Subcommittee on Perinatal Haemostasis. Thromb. Haemostas., 69, 293-5.
5. Puckett, R.M and Offringa, M., Vitamin K for preventing haomorrhagic disease in newborn infants [protocol].
6. Anderson G, Moore E, Hepworth J, Bergman. N. Early skin-to-skin contact for mothers and their
healthy newborn infants. Cochrane Database Syst Rev  2003;(2):CD003519.
7. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada. Manual técnico. Série A: Normas e manuais técnicos. Série Direitos sexuais e reprodutivos – Cad. 5. Brasília; 2005. 
8. Monteiro CA, Szarfarc SC, Mondini L. Tendência secular da anemia na infância na cidade de São Paulo (1984-1996). Rev Saude Publica. 2000;34:62-72.
9. Osório MM, Lira PI, Ashworth A. Factors associated with Hb concentration in children aged 6-59 months in the State of Pernambuco, Brazil. Br J Nutr. 2004; 91:307-14. 
10. van Rheenen P, Brabin BJ. Late umbilical cordclamping as an intervention for reducing iron deficiency anaemia in term infants in developing and industrialised countries: A systematic review. Ann Trop Paediatr 2004;24:3–16.

2 comentários:

Márcia Seixas disse...

Tive meus filhos exatamente assim, com tempo de observação em berço aquecido no berçario, exames feitos e cuidados, depois de 4 horas foram para o quarto...maravilhoso, adorei, faria tudo de novo... esse negócio de nascer e enfiar no quarto com a mãe, que não sabe nada, é muito perigoso, a criança pode sim apresentar algum problema...e a mãe não sabe identificar... quanto mais cuidados melhor, meus filhos todos mamaram por 8 meses e foi tudo muito bem....já uma amiga em Fortaleza, onde enfiam a criança com a mãe,que ainda está meio grogue, não consegue levantar, nem sentar, não fizeram todos os exames, a menina nasceu com um sério problema cardíaco, que só foi diagnosticado 30 dias depois pela médica que deu vacina...teve mtas sequelas com isso, comprometimento de seu desenvolvimento etc...essa de muito natureba não me convence de jeito nenhum!

Anônimo disse...

E se a mãe for profissional da área da saúde, será que ela sabe o suficiente para questionar as práticas relatadas aqui?
E se for uma mãe ávida por conhecimento que buscou nas melhores fontes disponíveis as informações necessárias para compreender os excessos praticados?
Vejo da seguinte forma: se você não quer se preocupar com muitas coisas, deixe aplicar o rotina de procedimentos e aceite tudo que empurram sem questionar. Seja passiva e se der problema, culpe alguém.

Dizer que todos os procedimentos adotados não afetam ou deixam traumas no recém nascido é um desafio que muitos profissionais buscam responder.